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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 85-7251-552-6
Editora: Berkeley
A primeira revelação deste livro é que nada nele irá ensiná-lo a escrever para a mídia digital. Entenda, a escrita é uma atividade que deve ser desenvolvida diariamente. Não é algo que pode ser aprendido do dia para a noite. Então, se você quer aprender a dominar o texto online, a primeira dica é começar a escrever.
Mas então, para que serve este livro? Será apresentado um conjunto de técnicas para a melhor distribuição de conteúdos digitais. Você aprenderá como pensar o conteúdo em ambientes digitais além de algumas dicas preciosas para o dia a dia do redator de web.
A primeira dica do livro veio do avô do autor. Mas o que um redator de reclames da década de 30 poderia nos ensinar? A recomendação é que quando temos um espaço reduzido devemos escrever pouco e objetivamente, sendo o mais persuasivo possível. Não há receita de bolo. Não há regras imutáveis gravadas na pedra.
Muitos webwriters possuem experiência em Comunicação. Alguns são jornalistas, outros publicitários e alguns profissionais de relações públicas com vivência em assessoria de imprensa. Todas essas especialidades podem colaborar com o texto online, pois webwriting não é uma linguagem nem publicitária nem jornalística, é uma mistura das duas.
Todo texto busca persuadir seu leitor de algo. Seja a venda de um produto, a promoção de uma pessoa, a interpretação de algum fato ou a divulgação de uma ideia. Não é diferente com o webwriting. Vejamos portanto algumas dicas para textos persuasivos:
Após muita pesquisa e experiência, o autor do livro sugere que um bom texto online respeite o que chamou de os três mandamentos do webwriting: objetividade, navegabilidade e visibilidade.
Respeite o tempo do seu leitor e vá direto ao assunto. A internet não é como um livro em que o leitor está disposto a ser envolvido por uma redação. Muito pelo contrário, na web procuramos informações específicas. Seja bastante direto e se necessário, use links caso precise desenvolver tópicos que considere úteis aos seus visitantes.
Uma das missões do webwriter é deixar as informações principais sempre visíveis. A verdade é que todas as informações simplesmente não cabem em uma única página. Para isso, existe um imenso arsenal de recursos que devem ser conhecidos, tais como os menus, os botões e os conteúdos relacionados.
Aprenda com os guias de turismo. Permita que seus leitores cheguem com rapidez as informações que procuram. Evite levá-lo por caminhos indesejáveis e sempre que possível sugira algum atalho.
Vamos ver agora mais detalhes sobre cada um desses princípios.
O redator da internet deve evitar as tentações de ser pomposo ou prolixo demais. Você não está escrevendo para mostrar como escreve bem e sim para servir ao seu visitante. Passe as informações sem rodeios.
Um bom limite para se ter em mente é o de não ultrapassar vinte linhas em cada texto. Esta é uma média ponderada da expectativa dos visitantes. Entretanto, cada caso é um caso.
Mas não confunda objetividade com simples textos curtos. Da mesma forma que um livro imenso não é necessariamente um livro bom, um texto de internet curto não é necessariamente um texto adequado. A linha do equilíbrio é o desejo do leitor. Pense como se fosse o leitor no momento da leitura. Ele está motivado e desejoso das informações que você precisa passar? Se a resposta for positiva, não tenha medo de colocar as informações na tela.
Mas se o seu texto precisa ter mais de 20 linhas, considere quebrar ele em tópicos, subtítulos e links. Links são particularmente bons porque o internauta navega por eles apenas se quiser, caso contrário continuará no texto inicial.
O excesso de informação é um perigo constante. Uma home carregada demais é sempre um convite para o internauta sair e não voltar. Esse é um fato psicológico. Quando somos expostos a diversas escolhas, muitas vezes optamos por não escolher nada.
Os visitantes querem ser seduzidos pelo seu site como quem vai passear em um shopping quer ser seduzido pelas vitrines. E da mesma forma que existe toda uma técnica de vitrinismo, os sites também devem direcionar a atenção do leitor para os produtos certos. Isso envolve uma decisão estratégica de quais são as informações realmente prioritárias.
Nesse aspecto, o webwritter deve trabalhar em conjunto do arquiteto da informação, ou mesmo desenvolver algumas de suas competências. Lembre-se que seu site não é uma árvore de Natal onde podemos pendurar quilos e quilos de enfeites em forma de conteúdo.
Para o redator, navegabilidade tem haver principalmente com o uso de links. A boa utilização desta que é a principal ferramenta do hipertexto, é essencial para que tudo dê certo. Mas uso de links no texto requer alguns cuidados:
Existem algumas disciplinas que enriquecem muito o leque de possibilidades de um redator de textos digitais. Vamos conhecer algumas delas:
HTML significa HyperText Markup Language e é a linguagem de programação básica por trás de toda a web. Mas será que é realmente necessário para o webwritter conhecer essa linguagem? A verdade é que hoje está cada vez mais comum a possibilidade de se publicar textos em blogs, sites e redes sociais sem sequer saber sobre os códigos que existem por trás. Entretanto, um conhecimento de HTML pode ser um bom diferencial para o redator. Além disso, é importante saber o que um código pode oferecer em termos de recursos para enriquecer aquilo que será oferecido ao seu leitor. Então sim, aprenda um pouco de HTML.
Ao contrário de outras formas de redação, um redator de sites não trabalha isoladamente. O webwritter deve aprender a trabalhar em parceria com o designer em um objetivo em comum de atrair internautas e mantê-los em sua página. Podemos dizer que 50% da missão de fisgar um leitor cabe a programação visual e outros 50% ao texto em si. É por essa razão que em muitas empresas, esses dois profissionais recebem o nome de dupla de criação.
O autor ressalta que todo webwritter acaba ficando um pouco esquizofrênico. Isso porque na busca por trabalho acaba tendo que desenvolver duas posturas diferentes: a de redator empresarial e a de jornalista online.
O texto empresarial possui um objetivo claro de vender uma empresa, produto ou ideia. Já o jornalista online tem a missão tradicional do jornalismo, que é informar. O texto empresarial tem regras e tempo certo. O jornalismo online não tem tempo e nem as mesmas limitações. Por fim, o texto empresarial precisa e deve ser criativo ao passo que o jornalismo online tem raras oportunidades de criatividade devendo se focar em sua missão de informar.
Além de sites que populam a rede mundial de computadores, vez ou outra, todo webwritter com um certo tempo de carreira terá que escrever também para intranets e portais corporativos. Neste caso, estamos lidando com um ambiente fechado que pode ter sua própria lógica e suas próprias regras. Todavia, ainda assim podemos delinear algumas dicas preciosas para a redação em intranets:
Outra demanda comum dentro das empresas é a redação de boletins empresariais. Aqui, o redator terá dois caminhos a seguir. No caminho informativo, ele deve saber falar sobre os produtos e serviços da empresa mas sem ser visto como uma peça vendedora de publicidade. Já no caminho da divulgação, o foco total é na persuasão e no texto publicitário. O maior erro que o webwritter pode cometer, é oferecer um tipo de texto quando na verdade, seu cliente precisava de outro. Informe-se com antecedência para evitar mal entendidos.
No mundo da redação online surgiram alguns termos que nunca foram usados antes. Esses termos merecem certa atenção, principalmente em um mercado cada vez mais competitivos. Por exemplo, devemos escrever internet com letras maiúsculas como e fosse um nome próprio ou minúsculas? O autor sugere que se use sempre a versão com letras minúsculas.
Outro exemplo, como se escreve online? Tudo junto, separado ou com hífen? Nesse caso, todas as opções podem ser usadas. Além disso, o autor sugere que o termo “digital” seja usado para contextos genéricos como quando se fala da tecnologia como um todo e não a um artigo ou imagem em particular.
Algumas empresas não entendem ainda a importância de se trabalhar o texto digital de forma especial. Muitas acreditam que qualquer texto serve, qualquer profissional serve. Se você quer ingressar nesta carreira, será sua missão convencê-las do contrário. Aqui vão cinco dicas preciosas para ajudar você nessa tarefa:
Existem vários espaços no mercado da redação online onde você pode procurar uma posição, incluindo jornais online, revistas online,empresas, produtoras, redes de televisão, provedores de acesso, startups, entre outros.
O mercado de trabalho da redação para internet é bastante aberto. Não existe uma proteção para quem vem do campo do jornalismo. A verdade é que escrever para internet é algo que qualquer pessoa pode fazer. Essa liberdade e acessibilidade faz parte da própria natureza do meio digital.
Aqui estão alguns tipos de pessoas que já estão fazendo parte deste mercado:
Mas verdade seja dita, profissionais de comunicação estão a frente. Se esta é sua situação, aproveite a vantagem, se não é, corra atrás do prejuízo.
Se você está entrando agora no mundo do webwritting, precisa ficar atento a alguns pontos importantes de modo a evitar certas armadilhas comuns.
Em primeiro lugar, é recomendado que você crie um Personal Plan, ou seja, uma bússola que o guie entre o seu momento profissional atual e aquilo que você almeja conquistar. Pense no Personal Plan como uma versão pessoal de um plano de negócios. Isso é essencial caso você não queira virar uma mera metralhadora de enviar currículos aceitando tudo o que vier pela frente.
Converse bastante com a pessoa que será seu chefe, seus futuros colegas de trabalho e se possível seus clientes em potencial. Evite levar um cavalo de tróia para casa aceitando trabalhar em empresas que não tenham seu perfil. Verifique a política de horários e feriados e fuja de qualquer instituição que trate seus colaboradores como máquinas.
Por fim, tenha humildade. Claro que você pode ser ótimo e merecer salários astronômicos. Mas além de dinheiro não ser tudo na vida e, às vezes, uma boa experiência pode valer mais do que tudo e elevar seu currículo e portfólio a lugares onde você nunca imaginou.
Existem diversas formas de você quantificar monetariamente o serviço de webwritting. O autor não sugere valores específicos pois o que é muito para um pode ser pouco para outro e valores fechados ficariam rapidamente desatualizados. E, vez disso, ele traça algumas estratégias de precificação:
Um ego mal trabalhado pode levar alguns redatores a verem seus textos como se fossem obras de arte. Não caia nessa. O espaço é reduzido, o tempo é pouco e a informação é o mais importante. Um webwritter precisa se enxergar como profissional e não como artista ou gênio. Isso significa entender que você não é insubstituível, não está sempre com a razão e não tem sempre um gosto mais refinado do que os demais.
Profissionais de todas as carreiras devem sempre se aprimorar e reciclar seus conhecimentos. É assim com médicos, engenheiros e profissionais de tecnologia. Por que não seria com os geradores de conteúdo? O fato de você ter ouvido sua vida toda que escreve bem, não significa que não pode e deve escrever melhor.
Livros, cursos e colunas sobre português não faltam. E lembre-se que escrever é como qualquer outra habilidade, quanto mais você treinar, melhores resultados irá ter. E nunca deixe de ser humilde.
Se interessou na carreira de webwritting? Ou quem sabe você já esteja trabalhando com isso e precise se aprimorar um pouco? Em ambos os casos, como vimos no livro, um conhecimento básico de HTML pode vir a calhar. O site CodeAcademy é um ótimo lugar para começar e oferece um curso rápido, grátis e interativo.
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Bruno Rodrigues, o autor deste livro, é um especialista em Comunicação, e produtor de conteúdo online. Grande estudioso da Experiência do Cliente, Bruno Rodrigues con... (Leia mais)
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